sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Filha da mãe

O respeito pela nossa liberdade é o inicio para que esta seja respeitada, por nós, pelos outros. Assim, porque a liberdade em verdade nos completa, quando a usamos para nossa própria edificação e edificação de todos, fica-nos subsequente, como marca que não nos prende em submissão a alguém mas sim à ascendência de nós, dos demais. A confiança, como filha querida que é da liberdade, sai à mãe, naquele seu tique de fortaleza. O bem, vestido de confiança e na sua total revelação, não suporta muito a submissão de obedecer só porque sim. Só porque faz parte do que sempre houve. Se assim for, agora ou depois, precisam de revelar a sua humanidade e é aí, porque mais divinos, nos aproximamos no essencial e reconstruimos de novo com o que já havia de bom, a nossa liberdade, a dos outros.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Rezando


Faz tempo que me queria expressar assim. Ao partilharem este texto comigo "reconheci-o" de imediato entre o que vai cá dentro.

"Mudai os vossos corações
não há conversão sem mudança de coração
mudar de lugar não é solução
mudar de actividade não é solução
a solução é mudar os nossos corações
e como os mudamos? Rezando."

Madre Teresa de Calcutá

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Abraço


Engraçado como o abraço é sinal da dimensão das relações. Ele há abraços serenos, apertados, ao de leve, excitados, exaltados, de saudade, de entrega, de integração, de pouco, de tanto. Aquele abraço que nos deixa em braços ou a braços com alguém que no fundo à escala particular de cada relação, precisa de nós e nós dele. Todos nos marcam, assim como como quem no lo dá. Outra experiência do abraço há, que por si só vai para além de si mesmo, é um acorpo. Quando duas vidas se precisam mutuamente para conseguirem ser a vida maior que sozinhos não são. O acorpo de quem se quer em osmose, a ponto de se ser um só. AbraçasTe a cruz de braços abertos. Exercício fisicamente pouco provável mas espiritualmente possível. Desejar um Cristo sem cruz dará vivermos uma cruz sem Cristo. Abraçando-Te acorpo vou para onde fores, faço um pedaço da Tua experiência, no fundo mais perto do que maior posso ser.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Paz-ciente

Apenas fica o que é Grande. O que era de valor permanece com valor. Podemos ir e voltar, fazer o pino, afirmar o inoportuno, passa o tempo, e apenas fica o que já lá estava, o que é Grande. O semeador pode cuidar da terra com todo o cuidado. Pode até tratar da cultura como nunca tratou de outra, mas tem que ser paz-ciente. O fruto, o alimento, nasce a seu tempo. Tem que ser paz-ciente o agricultor. Pode ficar de enxada na mão, a namorar a terra que lhe trará a tão aguardada fecundidade. A semente esta, apesar de ainda não ter visto a luz do dia, forma-se por dentro. A paciência é a ciência da paz. Não vale pois a pena o semeador rebeliar-se. O Criador promove a paz. A natureza promove a harmonia de todas as coisas por si mesma. Estar paz-ciente, ciente desta paz. Desfruta disto, quem permanecer confiante, a cuidar da semente com a mesma dedicação. Esta, continuará por si e com o acompanhamento que a nós nos for possível, a crescer, pois foi semeada e tratada para se valorizar, para ser Grande.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cheque com-fiança


Cheque com-fiança. O que nos move a fiar o nosso coração a outro? No fundo, estamos a passar um cheque em branco, sem saber se será utilizado para o motivo pelo qual nos foi pedido. É sem dúvida uma fiança que pode levar consigo o valor da nossa própria vida. Quantas vezes não recebemos também nós estes cheques! Nem sabemos bem o que temos na mão. Apenas sabemos por nos dizerem que é muito valioso e se o usarmos bem, não dará para o todo por sermos nós partes, mas dará para o tudo, tudo aquilo que nos fará falta. Cabe-nos a nós para nossa própria felicidade, sabermos das nossas verdadeiras necessidades primeiro não se vá esgotando o cheque em coisas que nos poderiam consumir muito depois. De todo, aconcelhar-mo-nos com quem está habituado a lidar com cheques de grande valor. O Mestre e os mestres da gestão das grandes fortunas do dentro. Teremos de certo 4 ou 5 à nossa volta. Reconhecer que podemos não estar a saber gerir um tesouro não é derrota, mas sim o principio da vitória.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O mestre


Porque é que Jesus não podia sair da cruz? "Quem não se retira sabe de amor". Que ideia a nossa de tentarmos manipular a todo o intante a invazão da nossas inseguranças. Alimentamo-las precisamente quando nos desconectamos da única coisa que pode vencer o medo, o Amor. Ei-Lo na cruz, fiel ao amor e não à dor. Jesus centrado no essencial, não fala na cruz, dos pregos que Lhe rasgam os pulsos, da asfixa por estar suspenço, ou ainda na coroa de espinhos que que Lhe fere a face, ainda que seja Humano, e tenha sede. Antes, numa leitura envolta em Amor suspira pela presença do Pai, agonia-se com a Sua aparente ausência, e ainda assim pede-Lhe que perdoe os demais por não saberem o que estão a fazer, entrega nas Suas mãos o Seu espírito. Dá a oportunidade a Si mesmo de fazer a experiência da plena confiança no Pai, que afinal permanece junto a Ele e O ressuscita.