sexta-feira, 21 de agosto de 2009

stop

Às vezes é bom parar. Parar o que somos para assim ganhar distância e sermos mais nós próprios. Um eu diferente da correria normal. Correr de mais atrofia-nos o ser. Não há espaço para nós, ao contrário do que pensamos. É assim que estou. Parado. A preparar-me para um novo ano. Ano de novos desafios. Novos e antigos, não menos bons de levar a cabo. Saúdo a sanidade mental e os melhores dias que aí virão não acreditasse eu na possivel resiliência de uma alma cristã.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A nossa mente, não é Deus, mas tem tanto de desconhecido. De nós conhecemos certas coisas. Sentimentos, desejos, medos. Tudo isto são certezas de nós. São partes que nos constituem. Outro tanto (não é pouco) está incoberto pela nossa capacidade ou não de raciocínio. Como que, se a vida dependesse disso. Uma vida é reflexo disto. A nossa inteligência, no Amor de Deus, é a alquimía da nossa felicidade.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Engraçado como o amor não se revela todo de uma só vez. No sentir parece que sim. Na sua capacidade total, parece-me que não. Ao vencer interiores de nós, aproximamo-nos de um eu mais puro e mais verdadeiro, mais capaz, por isto, de amar e que afinal não tem que ser o que tinha sido até aqui. Quem não é, não pode Ser. Nem consigo, nem com outros. Da sua fonte, Deus, brota o amor que me possibilita também a inteligência e não só a veste irracional que apenas parece ter.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Um dia são dias

Há dias de extrema confusão. Na nossa cabeça. Noutros, tudo se torna claro e evidente. Há uma infinidade de coisas a acontecer pelo nosso racional que em nada são semelhantes ao que na realidade se pode ver. Há voltas dadas ao mundo só de pensar. Há vitórias conseguidas em guerras que nunca aconteceram. Há derrotas nunca perdidas em batalhas que nunca se travaram. Há dias que não chegam a ser suficientes para o que lhes restava para o ser. E há também dias que valem por muitos outros. Um dia são dias. Tudo isto só de pensar.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

jovens de Deus

Dá-me vontade de rir quando presinto, ou seja, quando não é declarado, que se tome um jovem Cristão por lírico. Ser Cristão pressupõe maturidade de facto. Maturidade que um jovem poderá ainda não ter mas que muitos adultos nunca teram. Ser Cristão é ser andarilho. Caminhante sem inicio declarado. Quando dá por si já vai a caminho. Conheço muitos jovens da minha idade, que têm uma maturidade sob o plano espiritual, emocional, afectivo, que muitos adultos nunca tiveram, nem nunca teram. Muito provavelmente, tu que me lês, és um deles. Dou Graças a Deus, por serem parte de mim e do que em mim há de santidade.

terça-feira, 2 de junho de 2009

o resgate

A força do meu resgate para Cristo tem o preço da minha felicidade. Vivo agradecido por ter sido um dia "enganado" para Jesus. Às vezes precisamos de ir sem saber para onde vamos. Ir apenas pela confiança que se tem em quem faz o convite. Como que, "Só porque és tu a pedir, vou."

Depois, é assumir por nós o caminho. Deixamos de estar só porque está quem nos convidou e passamos a estar pelo fim para o qual fomos convidados. Acontece nos encontros de Deus. O humano instrumentalizado positivamente por Deus continua o caminho que já fazia. O convidado sente-se agradecido e, deixando, arrisca-se a ser resgatado para Deus.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

tem Graça

Jesus é possivel na nossa vida. Ainda que nem sempre entendamos tudo. Ainda que nem sempre ousemos estar esquizofernéticamente unidos a Ele a todo o momento. Pelas nossas veredas guia-nos o Senhor. Isto se a nossa vida brotar da oração. Vamos chegando mais perto da santidade. Tem Graça...Nunca tinha pensado que também eu podia ser Santo...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Conheço centenas de músicas religiosas. Também estas têm ciclos. Também têm top. Contudo, como acontece com a música em geral, nem semre as da moda são as que de facto nos dizem mais, lá no fundo. É claro que a que queremos ouvir é a recem chegada, aquela que cheira a fresco. Repesco uma música que para mim é um autêntico tratado. Isto se a sua letra for lida com minuciosidade. Rezada.


Não fiques na praia
Com o barco amarrado,
Com medo do mar.
Tudo aqui é miragem,
Mas na outra margem
Alguém está a esperar.

Como a onda que morre,
Sozinha na praia,
Não fiques brincando.
No mar confiante,
Ensina o teu canto
De ave voando.

Refrão
Voa bem mais alto,
Livre sem alforge
sem prata, nem ouro.
Amando este mundo,
Esta vida que é campo,
Que esconde o tesouro.

Ninguém te ensinou
Mas no fundo tu sentes
Asas para voar.
Nem que o céu se tolde,
E as nuvens impeçam.
Tu não vais parar.

Há gente vivendo
Tranquila e contente,
Como eu já vivi.
És águia diferente,
Céu azul cinzento
Foi feito p'ra ti.
Refrão
Sem Ti vivo mas não existo.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

De facto hoje em dia, para se viver bem, o melhor é emigrar para esse país lá longe que é o estrangeiro. Por cá já nada há de novo, nada espanta, nada enche. Tudo ladra, mas nada morde. Nada morde cá dentro. Nada incendeia e inflama as nossas vidas, como lá fora, no estrangeiro. Tudo está parado, e bem ouvimos os testemunhos de quem por lá fora se governa. Lá fora é que é. Cá dentro, nesta rotina acelerada, tudo passa de moda, a moda é moda, não fica. A novidade que há vem do estrangeiro. O estrangeiro é Cristo. Ora tudo isto penso, ao pensar em Cristo. Falo da maior distância que há entre as mais próximas fronteiras. A distância de dentro, do coração à cabeça. Entre o país de dentro e o de fora. O de dentro é-se. Basta nascer. O de fora basta voar até Ele.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Às vezes dou por mim a dizer ou a pensar coisas que os santos já disseram (não sabendo eu disso). Não se trata de ser santo ou algo parecido mas...penso tratar-se de começar por onde eles começaram. Do nada. Trata-se de ser como eles. Real. De carne e osso. Fazendo caminho, pensando que estou parado. Desconhecendo o que também eles desconheciam...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Não há nada como levantar cedo. Um dia de 16 horas já é curto, quanto mais um de 10. Há dias que o tempo parece mais rápido que nós. Noutros, sobramos nós para o tempo que há. Com tempo hei-de perceber o tempo. Tudo terá que passar por ele. É omnipresente. Não se apropria de nada mas é dono de tudo. É tudo uma questão de tempo.

sábado, 23 de maio de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A partilha

A água não se quer no lençol mas a sair pela fonte. Deus brota do silêncio mas, porque partilhado, sacia a sede. Não nos tira vida por nos querer cada vez mais fundos e só para Ele . Quanto mais vazio estiver o poço mais água levará. Que não transborde por ser o fundo muito perto da bica ou por serem impermiáveis as suas paredes. Que transbordamos?

Não interessa transbordar se não for muito o escavado e daí a água vier. Ainda que vinda do fundo, se não transbordar não chega a ser o que É.
Quem não partilha Cristo não está verdadeiramente em Cristo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A oportunidade de uma vida. O Presente.

É genial a forma como Jesus clarifica a nossa condição de pecadores. Condição, não no sentido incondicional de que o pecado nos rege mas no sentido de ser parte constituinte das nossas permissas. Contextualiza-nos no espaço e no Ser. É genial pois leva-nos a atingir aquilo que a nossa magnífica inteligência não logra alcançar por ficar no cácere do irracionalmente lógico.

É a oportunidade de uma vida. Incrível como tudo pode mudar num encontro, num livro, num filme, num olhar, numa dúvida, num etc de experiências. A propósito do Presente... Presente é o tempo de Jesus. Não quero dizer que não seja também Passado e Futuro. Não seria Presente se o não fosse também.

A propósito disto ecoa-me no dentro a resposta que Jesus deu ao cobrador de impostos. A imagem que tenho deste encontro é-me colorizada por um dos filmes da vida de Jesus que passou nesta Páscoa.

Ainda que tenha sido o próprio Jesus a fazer o convite para que ele O seguisse e ainda que nele, a redenção do Senhor já operasse, o combrador de impostos não se sentiu digno de poder Ser com Ele. O fardo era pesado. Um passado avesso à santidade. Um futuro pressagiado pelo que se foi. O modo como os outros o olhavam lembravam-lhe o Homem Velho a todo o instante, de tal modo que quase se sentia a se-lo de novo.

Disse ele:
"Jesus não consigo continuar contigo. Olha como me olham. Sei o que fui. Não sou digno de Te seguir."

Jesus respondeu:
"Mateus, foste(!?), já não és. Agora és Homem Novo. Criatura nova. Sou Eu que te digo. Vem e segue-me!"

É a oportunidade de uma vida. É o Presente.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Amar. Apesar de ser um todo maior que qualquer tudo, nem sempre ajuda ou facilita o racional. Nem sempre nos sustem em segurança. MAs quem? Ele ou nós? E quem disse que amor não é insegurança? Os dias não mudam. No fundo quem muda somos nós. Muda a disposição interior e a nossa objectiva. Enquanto o homem novo vence o homem velho tudo parece mudar. Tudo fica mais perto. Tudo se torna possível. Tudo muda. Tudo tem uma nova cor, que afinal já tinha, mas que não fazia parte do catálogo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

E agora, será assim para sempre? Uma vez tomada a consciência de que respiro e vivo, não conseguirei jamais andar distraído e por instantes esquecer-me da minha existência?

domingo, 17 de maio de 2009

Não cessemos na alternativa de vida que temos acente num crescendo em qualidade que nos vai sendo dado por Deus em nós. O mundo é cada vez mais exigente, como nos apercebemos nós os que pensamos nele e na sua salvação. Aumentemos pois em nós a humildade e a disponibilidade ao serviço por Amor e coloquemo-nos onde ninguém quer estar por ser exigente o desafio.

sábado, 16 de maio de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Morrendo para o mundo, nasce-se de novo. era suposto entender-se pelo batismo mas vai faltando acontecer isto mesmo no todo que somos. E somos incompletos. Os dias são os mesmos e a realidade não muda tão rápido como poderá mudar na nossa cabeça a cada instante. É a capacidade que o raciocinio tem de nos levar longe. Quando damos por nós, tudo está na mesma. Apenas na nossa cabeça é que não.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Há estudos sobre isto

Era perceber o mundo. O que se corre a mais dava para chegar já à ponta do universo. Corre-se à frente do saber sem se perceber o que se deixou para trás. Há estudos para tudo e se hoje não se disser que "há estudos sobre isto", o que estamos a dizer já não é tão credível. À partida, perceberia-se melhor a lógica das coisas, e ter-se-ia tirado já, proveito disso. Não me parece. Parece-me que os estudos (que não lemos! e apenas consumimos o que deles nos apresentam em flash) nos têm tirado um pouco a capacidade de atentarmos quer na nossa experiência pessoal, quer na experiência pessoal de outros. Não que os estudos não sejam credíveis, que o serão de certo, contudo a leitura da realidade a partir da experiência individual deixa de ter expressão. Como que, de que vale partilhar uma experiência que ainda por cima não coincida com o que é esperado ouvir, se não houver "estudos sobre isso"? Não me parece que as coisas só sejam válidas quando creditadas com a actual expressão que dignifica um discurso: "há estudos sobre isto".

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Como será um encontro com Cristo depois de uma vida, se ainda agora, com tão pouco de existência, revejo tanto tempo perdido à procura, do que afinal está em Si. Alegro-me por isto. Afinal, tenho uma vida pela frente. Não há por isso falta de tempo e remorsos de uma vida longa mal vivida. Há antes um futuro à minha espera. Há um Cristo que me impele e me desmonta. Convida-me a morrer para o suposto e a ressuscitar com Ele para a vida.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Tenho saudades de Deus.
Mas tenho sempre.
Não é de agora.
Nem o deixei lá longe.
Ainda agora O trago.
Ter-Te é querer-Te sempre,
mas com saudade a cada momento,
ainda que Te tenha a todo o instante.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Porque me alcanças vou perdendo o mundo a custo, mas sem pena. Vais-me absorvendo a cada dia. Absorves-me porque me deixo permiável a Ti e por isso me vou filtrando. A todo o instante, tudo ganha novo e mais sentido em Ti, apesar da exigência que contigo trazes. Deixar que sejas em mim é dar a oportunidade a mim mesmo de não ficar na periferia da vida. É daqui que surge o desejo exponêncial de querer ser maior que o mundo por me sentir propriedade de Ti infinito. Não consigo entender tudo mas dou-me à confiança pois sinto que és Tu próprio quem mo pede.

domingo, 10 de maio de 2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O peregrino

Não parando, caminho. Para onde vou? Que levar? Que trago já? Que pesa e não faz falta? Que faz falta e não pesa? Quem trago comigo? Quem vejo à frente? Marco passo atrás de alguém? Impeço que outros andem a seu ritmo? Não os deixo passar? Deixo-me ficar atrás de alguém? Com que ritmo? Quem vai ficando para trás? Onde parar para descançar?Quando parar para descançar? Que limite? Com que pés vejo o caminho? Com que olhos atento a meta? Que confiança me faz avançar? Saboreio tudo isto. Penso. Rezo. Não parando, caminho.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Não dava nada por mim quando comecei a caminhar contigo. Sinceramente não percebia muito bem o que podias fazer por mim e muito menos que haveria um "Nós" e que juntos podiamos "Ser" em mim. "Isto é sério"? Não percebia. Percebia melhor o que podiamos antes fazer pelos outros. Ajudar os pobres, os doentes etc...Todavia fui-me apercebendo que, sendo apenas eu em tudo, as coisas à minha volta não davam fruto. Não geravam vida nos outros e em mim, e apenas afinal, faziam cossegas à pele. Sentia-Te epidérmicamente. De mim, por mim, saiem apenas pequenos estimulos. Pequenas emoções que se parecem grandes. Grandes coisas tendo o meu ego como director espiritual. Não dava nada por mim. Só, continuo a não dar. "Ser" contigo é afinal ser o que desejo no mais fundo de mim, mas do Teu jeito. Assim, ainda que tudo se mantenha, tudo muda, tudo é novo. A Vida é abundante.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

terça-feira, 5 de maio de 2009

Todos farinha do mesmo saco. Todos a mando da mesma mão criadora, do mesmo pulso, somos uns dos outros. Parecidos aqui e ali, diferentes em todo o lado. Somos espécies de nós mesmos. Temos o que faz falta uns nos outros, temo-nos a mais quando nos temos, temos a menos quando não estamos perto. Muito perto também não. Pode fazer faísca. Mas faísca que é cumplice e que se sente a arder sem dizer que precisa ser fogo. Somos de sangue. É de dentro. É bom tar no ninho, juntos. Ainda que se presinta a hora de cada um voar para o seu céu. Sente-se como temporário este tempo mas é marca para sempre. Agradeço-Te Senhor pelo dom da vida do meu mano mais novo. "Hii já se sabe" =) Coisas de irmãos.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Somos instrumentos. Produzimos vida. Mas não temos a alquimia das estações. Engraçado. Ao mesmo tempo estamos perto e longe do dom da vida. Tanto que nos foge à lógica. Percebemos melhor a nossa propensão para a vida quando, por exemplo, nenhum de nós se consegue aguentar de baixo de água sem que num último instante nos puxemos para a superficie. Há algo que nos impele para a vida e nos ultrapassa o racional...

domingo, 3 de maio de 2009

Estás para lá do entendimento mas deixas que Te entenda. É espantoso como entendeste a lógica da vida. Não te foi revelada de antemão. Apenas Te deixas-Te guiar pelo Pai. Apenas fizeste da Tua vida uma oração. Apenas não receaste que a vida não fosse o que era suposto ser. Poderias ter sido um óptimo carpinteiro talvez. Quem sabe se não terias capacidade de ter a teu comando um rancho de familias a trabalhar numa Tua serração. Ou então, já que tinhas queda para o espiritual, podias até ser o lider espiritual do templo. Têm-Te pintado bonito. Simétrico. Às tantas até eras mesmo belo. Terias por isso, todos os condimenntos para seres um homem pretendido. Provavelmente tiveste as tuas namoradas pois. Mas, escolheste depois, um caminho para além disso. Tens conseguido libertar milhões à Tua volta. Quanto tempo estiveste só? Quanto à margem não Te has-de ter sentido. Mas vias para além disso. Há vida para além do que é suposto viver. Quantos corações não hão-de ter ficado desassossegados de amores por Ti. E o que é isso comparado com o bem maior que trouxeste ao mundo? Que vale mais mesmo? Um pássaro na mão? Ou muitos a voar?

sábado, 2 de maio de 2009

Procuro-Te em todas as coisas, e de facto, em todas as coisas Tu estás. Enquanto me demoro vou secando. Espreito de um lado e de outro. Nem sempre Te reconheço em tudo. Puxas-me para Ti mas para si me puxa o mundo também. É tão fácil e sedutor o que fácil é e sedutor se apresenta. Continuo a escavar. No coração cabe o infinito. Ainda que não saia do mesmo sitio e o corpo não se mude, muda-se-me a alma e viajo dentro por onde me levas Tu. Vejo imensa coisa. Vejo-me inclusivamente eu remando contra mim e contra uma maré que se parece maior que o próprio mar. Havemos de nos encontrar na Eucarístia. Sacias-me a sede. Obrigado por me venceres.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Encontrei. Explode-me a mente de tanto estimulo que me provoca este Tesouro. O olhar fica diferente. O mundo parece-me outro. A vida ganha ainda mais valor mas, engraçado, não a quero para mim. Quero dá-la, na medida do quanto me foi dada. Em tudo o que fazemos procuramos consciente ou inconscientemente o fim para o qual, de facto, fomos criados, a vida em abundância. Nem era preciso tanto. O que o mundo se cança e gasta em busca do pleno, dava para constituir um Reino de Amor maior que o próprio mundo, se o procurasse no que é de Deus. Sinto que encontrei o que todos procuram. É querer adiantar no outro o que em mim me tem sido adiantado por Cristo.

terça-feira, 28 de abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Agradeço imensas vezes o dom do entendimento. Acho-o de mais. O que o torna possivel? Onde começa e onde acaba? que uso se faz dele? A uns permite desvendar a vida e os seus mistérios. A outros nada faz. É como se não o tivessem. Qual é o critério? Incrivel como se adia o pensar. Tudo fica para depois mas tudo se quer aqui e agora. Pensa-se numa felecidade que coincidirá com o terminar de um curso. Pensa-se numa felicidade que coincidirá com uma profissão de sonho. Pensa-se numa felicidade que coincidirá com o dia do casamento. Pensa-se muito. Pensa-se tanto e não se chega a ser feliz. Não estará antes a felicidade no quanto e como me dou em todos estes contextos? Vidas de verdade em Cristo. Não teremos vida em abundância se não nos materializarmos em Amor.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

7:43

Estavamos todos para o mesmo. O relógio marcava 7:43. Engraçado como aceitamos a lógica dos dias. Levantar para produzir. Constituem-se filas de trânsito. Na aldeia de 3 carros, na vila de 30, na cidade de 3000. O biológico é-nos de todo comum. Todos temos sono. O espiritual nem por isso. Haverá hora especifica para que a inteligência possa começar a funcionar? Teremos que pedir licença ao biológico para podermos ser espiritual? É tão estranho para mim ver, às 7:43, uma pessoa a sair do carro para agredir outra compulsivamente (motivo: não ter feito pisca numa manobra à instantes) como será, possivelmente, para esta mesma pessoa ver outro a desculpar compulsivamente alguém por precisamente não ter feito pisca. Afinal nem todos estavamos para o mesmo. O relógio marcava 7:43. Engraçado como aceitamos a lógica dos dias. Levantar para produzir. Uns produzem perdão antes mesmo de terem sido ofendidos, outros produzem intolerância antes mesmo de terem sido tocados, de facto. Afinal, tudo isto pode acontecer no mesmo instante. 7:43

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A proposta de vida que o mundo de hoje me apresenta parece-me de mais pequena para tão grande e imenso desejo que trago em mim. É-me pouco por agora. Pensando, volto de novo a encontar-me com o pouco, e com pena. Fala-se do óbvio e do já falado, abonina-se o intrinseco, exalta-se a pequenez envernizada em grandeza. Já não se sonha. Vive-se apenas porque se acordou de manhã. Não me quero, de longe, assim. E Cristo não foi nem é nada assim. Sto. Inácio abominava a mediocridade. Quero portanto ressuscitar de entre “os mortos vivos” que se movimentam à minha volta e propor e ser testemunho vivo de Cristo em tudo o que faça, apesar das minhas limitações. Quero contudo, irar-me divinamente e responder ao desafio, com Amor. o Desafio parece-me um golias. Mas continuo portanto em frente, a caminhar, espero que na Sua direcção.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Procurava-Te e não sabia. Eras Tu quem buscava quando alguma vez me perdi. Procurava-Te mal. Não me sabia possivel de Ti na morada do meu pensar, do meu sustento, da minha inteligência. Detenho-me nesta esquizofrenia positiva. Imagino-me a saborear o que não atinjo. Como será para lá da sabedoria? Como será para lá de todo o entendimento? Quero ser em mim o que de máximo se pode ser de Ti. Ser Teu projecto. Confiar na Tua mão criadora a todo o instante.

segunda-feira, 20 de abril de 2009


Quero perceber-Te. Encontrar-Te de novo a cada momento.


Dou conta que vivo e que a vida é o que eu quiser que ela seja. De tudo o que me é proposto só o Teu projecto me seduz. Só algo em Ti me parece ser um desafio, à séria. Aquele desafio que se sonha e projecta em pequeno. Contudo, aí sonha-se ao som de histórias de encantar e da pergunta: "o que é que queres ser quando fores grande?". Ahh afinal eu quando for grande vou ter que ser alguma coisa. Bem então, já que de momento não seria nada no futuro poderia ser o que quisesse. As ideias surgem e tocam o trascendente da utopia. Este pano de fundo não nos cabe hoje no entendimento. Cabe-nos apenas o que temos e somos e percebemos aqui e agora. Estás-me a trocar as voltas. Sempre pensei que se era alguém importante e realizado em tudo o que é normal aos outros. Tu não és normal nos outros. Ter-te e querer-Te é antes a-normal. Fazes-Te presente e crescente onde eu não Te sonhei. Só em Ti vejo algo que mereça a pena. É ir para além da minha lógica e do que me alcança a inteligência. Pedes-me todo em tudo. Não te contentas com pouco. Isto sim é alucinante. Quem disse que isto era para betinhos? Isto é para duros.

sábado, 18 de abril de 2009

Não serás de certo o que apenas consigo entender de Ti. Tento a cada dia perceber de onde me chamas. Projecto a vida e vejo sem rosto um futuro feliz contigo. Que serei amanhã? Apetece-me desistir do que é do mundo. Até de mim mesmo. É querer deixar que sejas apenas Tu em mim e nada de Eu na minha pessoa.

sexta-feira, 17 de abril de 2009


"Até pensavam que Tu estavas louco
Quando na cruz ganhaste vida por mim
E eu que farei,
por Ti que voltas darei
Para Te amar
Em sonhos grandes por Ti
(Até diziam…)
Até diziam que Tu estavas louco
Ninguém sabia que amar era assim
E eu que farei,
Toma o que tenho para dar
Toma o meu sim
Sonho o que sonhas para mim"

quinta-feira, 16 de abril de 2009

o barulho inveja o silêncio

O silêncio tem um problema. Tem em mãos os tesouros de uma vida. São seus herdeiros a sabedoria e seus filhotes, o enriquecimento espiritual e os seus netinhos, o equilíibrio emocional e seus irmãos, enfim... toda a sua árvore genealógica.
O barulho já tentou descendência. Conseguiu. O barulho bébé, o avô barulho, e uma descendência incestuosa de irmãos sem identidade. Não se conhecem pelos nomes, não se conseguem ouvir. Não percebem linguagem gestual. O que são não lhes permite reconhecerem-se a si mesmos. Apenas se sabem de sangue quando o decibel o permite. O silêncio isola-se. Não se sente só nem aleija, antes percebe com pouco o que se entende por muito. (Pagaria sem dor um resgate ao silêncio.) Ninguém cobiça a sua forma, mas todos cobiçam os seus tesouros. Todos procuram acasalar com alguém da famíilia para assim herdarem a riqueza ,poucos percebem que o casamento é feito apenas com o silêncio e é daí que o que é puro descende. O silêncio não é invejoso dá espaço para se ser o que se é. O barulho tem falta de personalidade. Quer ser tudo ao mesmo tempo e nada é. No silêncio ordena-se uma vida. No barulho quase se sente. O silêncio retira o tapete e o embuste. O barulho consegue sempre o melhor embrulho. O silêncio retira o tapete para que se sinta o chão que precisa ver o sol. O barulho vem no embrulho e assim consegue ser de novo barulho ao desembrulhar. O silêncio compromete mas sustenta. O barulho
desresponsabiliza e é estéril em si mesmo, ocupa o vazio não deixando que sejemos nós a ocupa-lo. O silêncio veste-se de essencial. O barulho está sempre na moda, veste o que quer e o que não quer. O barulho não ouve o que o silêncio diz e pergunta-lhe constantemente:
- silêncio, como chegas onde eu não chego se sou eu mais do que tu?
O silêncio responde:
- O essencial é-se com pouco.

quarta-feira, 15 de abril de 2009


Penso-me em mais um dia de Criação. Demora a perceber que a vida é para ser vivida em directo. Não em diferido. Até à bem pouco tempo (?) nasciamos com o selo “Cristão”. Hoje, já só é Cristão quem quer. Nem se quer está na moda. Contudo, pelo que me tem sido possivel observar, tem sido um privilégio, cruzar-me com tão grandes discipulos deste mesmo Jesus. Gente que joga na Sua equipa. Joga à frente e atrás. Não marca golos na própria baliza. O caminho é para a frente, honrando a camisola. Honrando-se a si, honra o que em nós se pode cumprir de maior. O humano divinizado.

Só sou, sem asas


Só sou sem asas…não voando vejo apenas o chão que piso. Chão sem estrada para percorrer. Dias virão em que, voando com Ele, subirei alto e verei todos os caminhos de Amor e Paz guardados para mim. Reza. Retira-te e reza. Penso. Entrego-me a Ti num todo que sou. Agradeço-te tudo o que me concedes e retiras. Sinto-me a caminhar, espero que na Tua direcção.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Não cessemos na alternativa de vida que temos acente num crescendo em qualidade que nos vai sendo dado por Deus em nós. O mundo é cada vez mais exigente, como nos apercebemos nós os que pensamos nele e na sua salvação. Aumentemos pois em nós a humildade e a disponibilidade ao serviço por Amor e coloquemo-nos onde ninguém quer estar por ser exigente o desafio.