quinta-feira, 30 de abril de 2009

Encontrei. Explode-me a mente de tanto estimulo que me provoca este Tesouro. O olhar fica diferente. O mundo parece-me outro. A vida ganha ainda mais valor mas, engraçado, não a quero para mim. Quero dá-la, na medida do quanto me foi dada. Em tudo o que fazemos procuramos consciente ou inconscientemente o fim para o qual, de facto, fomos criados, a vida em abundância. Nem era preciso tanto. O que o mundo se cança e gasta em busca do pleno, dava para constituir um Reino de Amor maior que o próprio mundo, se o procurasse no que é de Deus. Sinto que encontrei o que todos procuram. É querer adiantar no outro o que em mim me tem sido adiantado por Cristo.

terça-feira, 28 de abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Agradeço imensas vezes o dom do entendimento. Acho-o de mais. O que o torna possivel? Onde começa e onde acaba? que uso se faz dele? A uns permite desvendar a vida e os seus mistérios. A outros nada faz. É como se não o tivessem. Qual é o critério? Incrivel como se adia o pensar. Tudo fica para depois mas tudo se quer aqui e agora. Pensa-se numa felecidade que coincidirá com o terminar de um curso. Pensa-se numa felicidade que coincidirá com uma profissão de sonho. Pensa-se numa felicidade que coincidirá com o dia do casamento. Pensa-se muito. Pensa-se tanto e não se chega a ser feliz. Não estará antes a felicidade no quanto e como me dou em todos estes contextos? Vidas de verdade em Cristo. Não teremos vida em abundância se não nos materializarmos em Amor.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

7:43

Estavamos todos para o mesmo. O relógio marcava 7:43. Engraçado como aceitamos a lógica dos dias. Levantar para produzir. Constituem-se filas de trânsito. Na aldeia de 3 carros, na vila de 30, na cidade de 3000. O biológico é-nos de todo comum. Todos temos sono. O espiritual nem por isso. Haverá hora especifica para que a inteligência possa começar a funcionar? Teremos que pedir licença ao biológico para podermos ser espiritual? É tão estranho para mim ver, às 7:43, uma pessoa a sair do carro para agredir outra compulsivamente (motivo: não ter feito pisca numa manobra à instantes) como será, possivelmente, para esta mesma pessoa ver outro a desculpar compulsivamente alguém por precisamente não ter feito pisca. Afinal nem todos estavamos para o mesmo. O relógio marcava 7:43. Engraçado como aceitamos a lógica dos dias. Levantar para produzir. Uns produzem perdão antes mesmo de terem sido ofendidos, outros produzem intolerância antes mesmo de terem sido tocados, de facto. Afinal, tudo isto pode acontecer no mesmo instante. 7:43

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A proposta de vida que o mundo de hoje me apresenta parece-me de mais pequena para tão grande e imenso desejo que trago em mim. É-me pouco por agora. Pensando, volto de novo a encontar-me com o pouco, e com pena. Fala-se do óbvio e do já falado, abonina-se o intrinseco, exalta-se a pequenez envernizada em grandeza. Já não se sonha. Vive-se apenas porque se acordou de manhã. Não me quero, de longe, assim. E Cristo não foi nem é nada assim. Sto. Inácio abominava a mediocridade. Quero portanto ressuscitar de entre “os mortos vivos” que se movimentam à minha volta e propor e ser testemunho vivo de Cristo em tudo o que faça, apesar das minhas limitações. Quero contudo, irar-me divinamente e responder ao desafio, com Amor. o Desafio parece-me um golias. Mas continuo portanto em frente, a caminhar, espero que na Sua direcção.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Procurava-Te e não sabia. Eras Tu quem buscava quando alguma vez me perdi. Procurava-Te mal. Não me sabia possivel de Ti na morada do meu pensar, do meu sustento, da minha inteligência. Detenho-me nesta esquizofrenia positiva. Imagino-me a saborear o que não atinjo. Como será para lá da sabedoria? Como será para lá de todo o entendimento? Quero ser em mim o que de máximo se pode ser de Ti. Ser Teu projecto. Confiar na Tua mão criadora a todo o instante.

segunda-feira, 20 de abril de 2009


Quero perceber-Te. Encontrar-Te de novo a cada momento.


Dou conta que vivo e que a vida é o que eu quiser que ela seja. De tudo o que me é proposto só o Teu projecto me seduz. Só algo em Ti me parece ser um desafio, à séria. Aquele desafio que se sonha e projecta em pequeno. Contudo, aí sonha-se ao som de histórias de encantar e da pergunta: "o que é que queres ser quando fores grande?". Ahh afinal eu quando for grande vou ter que ser alguma coisa. Bem então, já que de momento não seria nada no futuro poderia ser o que quisesse. As ideias surgem e tocam o trascendente da utopia. Este pano de fundo não nos cabe hoje no entendimento. Cabe-nos apenas o que temos e somos e percebemos aqui e agora. Estás-me a trocar as voltas. Sempre pensei que se era alguém importante e realizado em tudo o que é normal aos outros. Tu não és normal nos outros. Ter-te e querer-Te é antes a-normal. Fazes-Te presente e crescente onde eu não Te sonhei. Só em Ti vejo algo que mereça a pena. É ir para além da minha lógica e do que me alcança a inteligência. Pedes-me todo em tudo. Não te contentas com pouco. Isto sim é alucinante. Quem disse que isto era para betinhos? Isto é para duros.

sábado, 18 de abril de 2009

Não serás de certo o que apenas consigo entender de Ti. Tento a cada dia perceber de onde me chamas. Projecto a vida e vejo sem rosto um futuro feliz contigo. Que serei amanhã? Apetece-me desistir do que é do mundo. Até de mim mesmo. É querer deixar que sejas apenas Tu em mim e nada de Eu na minha pessoa.

sexta-feira, 17 de abril de 2009


"Até pensavam que Tu estavas louco
Quando na cruz ganhaste vida por mim
E eu que farei,
por Ti que voltas darei
Para Te amar
Em sonhos grandes por Ti
(Até diziam…)
Até diziam que Tu estavas louco
Ninguém sabia que amar era assim
E eu que farei,
Toma o que tenho para dar
Toma o meu sim
Sonho o que sonhas para mim"

quinta-feira, 16 de abril de 2009

o barulho inveja o silêncio

O silêncio tem um problema. Tem em mãos os tesouros de uma vida. São seus herdeiros a sabedoria e seus filhotes, o enriquecimento espiritual e os seus netinhos, o equilíibrio emocional e seus irmãos, enfim... toda a sua árvore genealógica.
O barulho já tentou descendência. Conseguiu. O barulho bébé, o avô barulho, e uma descendência incestuosa de irmãos sem identidade. Não se conhecem pelos nomes, não se conseguem ouvir. Não percebem linguagem gestual. O que são não lhes permite reconhecerem-se a si mesmos. Apenas se sabem de sangue quando o decibel o permite. O silêncio isola-se. Não se sente só nem aleija, antes percebe com pouco o que se entende por muito. (Pagaria sem dor um resgate ao silêncio.) Ninguém cobiça a sua forma, mas todos cobiçam os seus tesouros. Todos procuram acasalar com alguém da famíilia para assim herdarem a riqueza ,poucos percebem que o casamento é feito apenas com o silêncio e é daí que o que é puro descende. O silêncio não é invejoso dá espaço para se ser o que se é. O barulho tem falta de personalidade. Quer ser tudo ao mesmo tempo e nada é. No silêncio ordena-se uma vida. No barulho quase se sente. O silêncio retira o tapete e o embuste. O barulho consegue sempre o melhor embrulho. O silêncio retira o tapete para que se sinta o chão que precisa ver o sol. O barulho vem no embrulho e assim consegue ser de novo barulho ao desembrulhar. O silêncio compromete mas sustenta. O barulho
desresponsabiliza e é estéril em si mesmo, ocupa o vazio não deixando que sejemos nós a ocupa-lo. O silêncio veste-se de essencial. O barulho está sempre na moda, veste o que quer e o que não quer. O barulho não ouve o que o silêncio diz e pergunta-lhe constantemente:
- silêncio, como chegas onde eu não chego se sou eu mais do que tu?
O silêncio responde:
- O essencial é-se com pouco.

quarta-feira, 15 de abril de 2009


Penso-me em mais um dia de Criação. Demora a perceber que a vida é para ser vivida em directo. Não em diferido. Até à bem pouco tempo (?) nasciamos com o selo “Cristão”. Hoje, já só é Cristão quem quer. Nem se quer está na moda. Contudo, pelo que me tem sido possivel observar, tem sido um privilégio, cruzar-me com tão grandes discipulos deste mesmo Jesus. Gente que joga na Sua equipa. Joga à frente e atrás. Não marca golos na própria baliza. O caminho é para a frente, honrando a camisola. Honrando-se a si, honra o que em nós se pode cumprir de maior. O humano divinizado.

Só sou, sem asas


Só sou sem asas…não voando vejo apenas o chão que piso. Chão sem estrada para percorrer. Dias virão em que, voando com Ele, subirei alto e verei todos os caminhos de Amor e Paz guardados para mim. Reza. Retira-te e reza. Penso. Entrego-me a Ti num todo que sou. Agradeço-te tudo o que me concedes e retiras. Sinto-me a caminhar, espero que na Tua direcção.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Não cessemos na alternativa de vida que temos acente num crescendo em qualidade que nos vai sendo dado por Deus em nós. O mundo é cada vez mais exigente, como nos apercebemos nós os que pensamos nele e na sua salvação. Aumentemos pois em nós a humildade e a disponibilidade ao serviço por Amor e coloquemo-nos onde ninguém quer estar por ser exigente o desafio.