segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Como Maria

Podemos estar longe. Pode até ser real a distância. Sentir-te perto porque em mim não moras fora, mas dentro. Braços abertos. Desta paisagem, fica a vista deslumbrante, do que és, vendo de fora o tanto que há no avesso. Muito de Deus, muito de humanidade. No fim de contas acontece a quem se deixa vencer pelo que é Maior. Ensinas-me a morrer. Deixar de ser aos poucos o que não nasci para ser. Sermos, a pouco e pouco. Chegar perto do que sonhas para mim. No fundo o que desejo também eu. Um todo que num fundo é meta. Meta para começar. De braços abertos. Como que suspenso. Entre o céu e a terra. Estás fora da cidade. O mundo não se deixa fazer perto. Por mim, num tanto de querer, acolho-te, ainda que te veja assim, de longe. Ternura. A experiência do amor maior que no reverso tem muito de: "mas como será isso se não.. Virá sobre ti o espírito santo..".

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