quarta-feira, 15 de junho de 2011

Relacionarmo-nos para a liberdade

Liberdade interior. Núcleo gerador de uma vida bem vivida, no que de melhor há para viver. Relacionármo-nos com os outros para a liberdade de si mesmos é um fiel fantástico do nosso próprio Ser. Indicador por excelência, que espelha bem, se a própria da liberdade interior é ou não uma realidade em nós.

Curiosamente, é assim que nos libertamos a nós também. É assim que crescemos e fazemos crescer. Com opacidade, afeitamos a liberdade do outro para que, não poucas vezes, façamos corresponder a sua orientação com a necessidade de fortalecermos o que em nós é frágil. No fundo, não queremos tanto a coação ao demais por si mesma, mas sim afastar de nós o que no dentro nos possa insegurar.



Há-de-se por tal, garantir que o outro possa decidir por si. Invocar-lhe, a sua inteligência e o seu coração, partilhando imparcialmente de nós tudo quanto sabemos por experiência feita. Só assim se encontrará consigo. Só assim chegará lá por si. Só assim exercitará a sua liberdade.

Só assim seremos nós livres porque entrámos-lhe dentro e nele deixámos o que lhe pertence. Relacionámo-nos para a liberdade que é sua e não nossa. Quanto mais liberdade houver mais responsabilidade se gera.

A Graça é dos dois.

Sem comentários:

Enviar um comentário