terça-feira, 9 de outubro de 2012

i/maturidade

O Senhor imaniza-nos sempre para a maturidade. E o que nos custa, o que dói, o que porventura nos faz sofrer, o que provavelmente não conseguimos digerir, deve-se à nossa ainda imaturidade. É o grito natal. Sinal de vida, onde curiosamente, quanto mais maduros, mais felizes, mais criadores, mais Humanos, mais Deus, somos. A Verdade não se contradiz. A chave capta-se em Cristo, onde “estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” (Cl 2, 3), o principio e o fim da razão. Método humano que nos leva por nós mesmos a atingir um pedaço da Verdade, do que é mistério, do que é do âmbito da fé. Mas eis que a fé é também conhecimento. A fé é o estado esclarecido da razão. Assim, nesta experiência anfíbia entre fé e razão podemos nós encontrar meios para nos divinizarmos. Tornarmo-nos no próprio Deus. Sim. Tornarmo-nos no próprio Deus. Não se trata de sermos Deus, mas de nos tornarmos cada vez mais semelhantes a Ele.


Da passagem do nada à vida, fazemos a nossa primeira experiência de transmaturidade. Daí em diante, toda a vida é processo de maturação. Amadurecer é tornarmo-nos no próprio Deus. Tornarmo-nos no próprio Deus é amarmos cada vez mais como Deus ama. Esta é se quisermos a grande recompensa das bem-aventuranças. “Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5, 12). A grande recompensa prometida a cada hora por Jesus, o Cristo, não é se não amar como Deus ama. Amar como Deus ama é perdoar como Deus perdoa, é gerar vida como Deus gera, é apagar-se para que outro ser possa Ser.
Deixar-se amadurecer é querer existir.

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